Última sexta-feira do ano. Curiosamente o dia da semana que sempre se anseia. Tenta-se pensar como foi o ano, ou tenta-se seguir em frente, mas mal ou bem todos esperam que chegue 2012. Isto porque criámos uma espécie de ciclo de vícios e esperança.
Todos sabem que novo ano é algo como uma nova oportunidade para ter outras vivências, aventuras e espera-se que tudo seja diferente.
Arrumamos acontecimentos e fases assim. Em pastinhas com anos delineados.
E vem mais um ano no nosso calendário, e vem mais um na nossa cabeça, porque às vezes isto parece que foi só criado para deitarmos a monotonia fora e criarmos esperanças. - Isto pensava eu hoje quando caminhava.
Mas na verdade, não há mal nenhum nisso! É bom sonhar, é bom querermos mudar, é bom enchermo-nos de expectativas (mas também fazermos tudo para as atingir), é muito bom termos esperança.
2011 foi um ano. Eu, como optimista que sou, digo que foi bom, mas pensando realisticamente não foi nem mau nem bom, dizem alguns... ou pior... os que vêem só problemas e crises dizem que foi terrível.
Na minha cabeça só consigo ver o acabar da pós-graduação e o tamanho trabalho que tive para o conseguir (o que é bom), os fins-de-semana ocupados e os progressos na fotografia, o fantástico Caminho de Santiago, as restantes viagens e pessoas que conheci. Porque quando conhecemos alguém gosto de pensar que um bocado dessa pessoa passou a fazer parte de nós. Aprendemos, sorrimos, crescemos, tornamo-nos melhores ouvintes e mais tolerantes, conhecemos novas ideias e pontos de vista. E isso fascina-me, porque é isso que me faz sorrir quando recordo. E é isso que me faz querer continuar, e querer progredir como pessoa.
Nas minhas recordações há uma ténue lembrança de alguns momentos menos bons, mas que até isso me parece ter servido para me conhecer e para aprender.
Não é tão bom podermos mudarmo-nos e querer dar mais de nós?
Hoje saí do trabalho e sorri ao caminhar. Os dias já estão mais longos! - pensei logo - O céu ainda não estava completamente escuro. Que sorriso me arrancou pensar nisso!
Nisso e no pássaro que chilreava a alto e bom som em alguma árvore da escola. Conseguiu fazer-me abstrair de todos os outros barulhos da cidade.
Para mim são pequenas coisas rejuvenescedoras e que limpam a cabeça.
Tive a alegria de chegar a casa e ver escondido o peixe que julgava morto.
E agora, a tranquilidade do meu quarto que se torna acolhedor com o cd de Nouvelle Vague e as minhas cãs a darem-me calor.
No outro dia fui trocar umas coisas, e na terrível confusão de centro comercial perdi a minha capa do telemóvel. Obviamente que fiquei chateada e enervada porque desgosto de azáfamas. Já mal-dizia tudo e todos, até porque o dia me estava a correr bem! Fui ao segurança perguntar se viu alguma coisa, e lá tinha ele a capa guardada numa gavetinha! Pensei que afinal ainda há pessoas boas, porque confesso que o meu primeiro pensamento foi que alguém tinha logo ficado com ela. Não era nada com a qual não pudesse viver sem, mas foi dinheiro! Que bom que a foram entregar. É uma alegria esperançosa ver que ainda há quem pense nos outros.
Pois bem, música+quarto+cãs+sexta+1000coisas boas = :D
Espero que seja um bom prenúncio! Porque só a ideia de que vai ser um ano altamente, traz coisas positivas - quero acreditar.
Um Bom Ano a todos. Tentemos todos mais, sejamos mais e melhores e procuremos os detalhes deliciosos que nos conseguem fazer sorrir.