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Tenho saudades do cheiro que sentia ao abrir as carteirinhas novas de cromos! E todo o ritual da novidade e surpresa, e o descolar a parte de trás e colar na caderneta! :)
Aquele cheiro a novo, relembra-me o carinho e excitação com que fazia as minhas colecções :)
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Tenho saudades dos tempos em que se compravam discos por catálogo... uns catálogos cheios de erros, batidos naquelas máquinas de margaridas em que metade das letras não se percebiam... lia-se umas revistas, quando os tostões o permitiam, procurava-se no catálogo um nome que soasse bem, dizia-se interiormente "isto é capaz de ser interessante"... e a partir de aí era cruzar os dedos para que as parcas economias que conseguíamos juntar não fossem simplesmente pelo cano, empenhadas num disco de vinil que mais valia nunca ter sido prensado. Havia aquele aliciante da expectativa, do não saber bem o que aí vinha... hoje a expectativa é a de saber se na semana seguinte a banda ainda sobrevive aos downloads ilegais do seu último álbum. MAIS, tínhamos o "Rock em Stock", o "Lança Chamas"... caramba, eram oásis de música rock no meio da vulgaridade dos tops comerciais e dos programas tipo "fast food", todos iguais, realizados ao sabor do que as editoras queriam vender.
ResponderEliminarTenho ainda mais saudades daquela espera interminável pelo fascículo seguinte da revista Tintin ou Flecha 2000, onde nos eram reveladas as pérolas da banda desenhada franco-belga que fizeram as delícias de muitos de nós. Ainda me doem as costelas das cotoveladas que levei dos meus irmãos, naquela salutar corrida para ver quem é que apanhava a revista primeiro (sim, porque o pai tinha prioridade sobre todos, naqueles tempos era assim). Pois é, por aí passaram os criadores deste meu Alter Ego, o Axle Munshine... não porque tivesse um grafismo extraordinário, não porque arrotasse tempestades ou provocasse terramotos com artes marciais, como nas actuais "mangas" (???????)... mas porque era GENIAL... um cretino verdadeiramente genial.