terça-feira, 24 de julho de 2012

Há dias em que tenho muito sono, e sinto os olhos pequeninos.
Nesses dias, o que me apetecia na verdade, era ter uma ilha deserta. Daquelas paradisíacas, com areia branca e dodos a correr pela praia.
Na minha ilha só se podia entrar com palavra-passe e não haveria rede. Estaria incontactável.
O tempo passaria devagar e eu poderia descansar à sombra das árvores no balanço de uma rede esticada entre troncos.
À falta disso, nestes dias, crio a minha própria ilha deserta. Divago e ausento-me das comunicações.
De qualquer das formas a cabeça descansa e o espírito recarrega energias! 
Bem são precisas estas pausas para me sentir com forças e me motivar. Quero crer que viver depende disso. Ir mais além. Não existirmos apenas, mas vivermos.

Viagem a Cabo Verde

O ano passado fiz uma viagem até Cabo Verde.
Podem ver as fotos, desenhos e o relato aqui:


Diários da Errância - Cabo Verde

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Em tempo de incêndios

Em tempo de incêndios voltam a surgir algumas questões que não deveriam ser só lembradas nestas alturas.
Duas questões importantes se levantam: o caso da nova legislação que permite a arborização até cinco hectares e a rearborização até dez hectares e que poderá ser feita com qualquer espécie, sem necessidade de qualquer autorização. O eucalipto surge aqui como o principal candidato por ser uma espécie que se desenvolve rapidamente e que permite assim um rápido retorno financeiro.
O eucalipto é uma espécie que facilita a propagação de incêndios e a sua plantação diminuirá também a nossa diversidade florística. 
"O governo facilitará a desertificação das zonas rurais, a destruição do que sobra da nossa agricultura e a propagação crescente de incêndios - quer pela natureza deste tipo de plantação, quer pelo prémio ao crime." - Podem ler mais sobre isto em Eucaliptar Portugal.


Até lá, outro aspecto a considerar com a destruição das nossas florestas:



O que poderemos nós fazer para que isto se altere?

terça-feira, 17 de julho de 2012

O Amolador (The Knife Man)


Faz parte dos sons de Lisboa e faz parte das minhas memórias de infância.
Nunca sabia de onde vinha aquele som ou o que era, mas tantos anos depois continua a trazer-me à memória a janela do quarto aberta num dia de sol, os cortinados a abanarem com a aragem e os brinquedos espalhados pelo chão. Sem esperar, ouvia-se o amolador.

Agora já não o ouço, mas ele ainda anda por aí. Era tão bom não se deixar perder estas profissões tão genuínas.

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It is a part of the Lisbon sounds and it's part of my childhood memories.
Never knew where that sound cames from or what it was, but after so many years it continues to bring to my mind the open bedroom window on a sunny day, the curtains stiring with the breeze and the toys scattered on the floor. Without expecting, you could hear the grinder.

Now I do not hear him anymore, but he's still around. It would be so nice to try not to lose these so genuine professions.



Knife Man (Amolador) from mattquann on Vimeo.

quinta-feira, 12 de julho de 2012



"Turn your face to the Sun, and the shadows will fall behind you".
Maori proverb