quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Sorrir à simplicidade





Lisboa. Largo do S. Carlos.
19h45 e está um óptimo ambiente. Ouve-se música, o lusco-fusco chega devagar, a temperatura está amena e há mesmo quem desfrute de tudo isto do alto de um prédio antigo. Que bem se deve estar num terraço virado para o S. Carlos!
Um menino, no meio das pessoas despreocupadas, que ouvem música, faz bolas de sabão.
As bolas de sabão são mágicas! Quem não gostava de as fazer e segui-las até o olhar se perder ou até rebentarem?
Aí ficávamos tristes mas voltávamos a tentar. Queríamos sempre a bola de sabão perfeita e éramos persistentes com isso!
Por isso, as bolas de sabão sempre me reportam para a felicidade despreocupada de se ser criança.
No meio disto está uma senhora preocupada com as bolas que vão na sua direcção. Rebenta as que consegue e diz (com ar enjoado) à criança para se chegar mais para o lado.
Olho para tudo isto de fora e pergunto-me o que vai na cabeça daquela senhora para se sentir incomodada com as bolas de sabão. Em que momento da nossa vida se faz o clique e deixamos que pequenas coisas não façam a nossa felicidade?
Quando é que passa a ser uma questão de vida ou morte não se sujar a roupa? 
Porque nos esquecemos de sorrir à simplicidade?