quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Qual é o momento para virar à esquerda?

Às vezes penso que estou onde a vida me trouxe.
Seguindo as oportunidades que surgiram e deixando-me ir por onde as estradas me levavam, vim parar onde estou. Faz-me tudo sentido.
Sei que pude e tive de fazer escolhas, mas também sei que houveram coisas que sucederam e que não pude controlar, embora pudesse agir de outra forma perante o sucedido.
Assim sendo, estou hoje a pensar que estou de cabeça tranquila em relação às escolhas que fiz e em relação ao sítio onde a vida me trouxe e ao qual eu também me deixei levar. Mas, será que estou mesmo bem?
Estou apenas a questionar-me retoricamente, para ver se chego a alguma conclusão. Para me questionar porque se não o fizermos vamos vivendo sem pensar bem se fizemos tudo e se estamos onde queremos.
Eu estou bem. Mas há outras vontades em mim. Estou a fazer bem ou é momento de pensar onde quero estar agora?
Neste momento há muita coisa a suceder na minha vida e tenho medo de não reconhecer o momento em que devo actuar para haver a mudança que quero. Tenho medo de que, se me deixar ir, acabe por pensar que já devia ter pensado nisso antes.
Nunca é tarde, bem sei. E tento sempre seguir-me por isso para não deixar de tentar fazer tudo o que quero. Mas sabemos lá nós se tudo o que queremos é exequível depois?
Acredito que quando queremos, conseguimos mesmo tudo. Mas tenho receio de não ter forças depois... porque é muito mais difícil...

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Ao alcance de cada um

Eu não sou nada boa a falar. Quero dizer coisas que não me saem, na altura não penso em metade dos argumentos que sei ter e, por fim, aborreço-me e começo a disparatar numa de "tou-me a cagar para isto tudo".
Mas sei que a escrever me entendo e por isso quis escrever o que nem sempre sei dizer. Não é o mesmo e não sei porque o faço... penso que por descargo de espírito, porque às vezes termino as conversas com a sensação que não fui capaz de expressar o que queria.

Tenho ouvido e participado em mil e uma discussões sobre refugiados que chegam, guerras e atentados, médicos de família a que vão ter direito, dinheiro que vão receber e que apesar de ser da UE muita gente resmunga que mesmo assim nos sai dos bolsos, etc...
Perco-me em palavras quando o que eu quero dizer é muito simples: o que é que isso importa verdadeiramente? Estamos a perder tempo com especulações quando não estamos nem nunca estaremos bem dentro do assunto, porque não representamos nenhum alto cargo, não vamos a reuniões de tomada de decisões e não sabemos o que foi acordado, o que está implícito ou o que foi EXIGIDO no meio disto tudo. 
A meu ver, se eu estiver bem comigo e com a minha vida (e nesse aspecto estou), não sinto qualquer inveja, ódio ou qualquer outro tipo de sentimento intolerante e mesquinho por pessoas que têm menos (ou mais) que eu e que precisam de ajuda.
Para mim é simples como isso. Eu não me importo com o que lhes é dado. Porquê? Porque estou bem com o que tenho e nada mais me faz falta. Ponto.
Sou rica? Tenho médico de família? Isso não me importa para nada. Importa-me a forma como vivo bem com o que tenho, sem passar a vida a querer mais. E isto porque sei duas coisas: as pessoas mais pobres são sempre as que estão prontas a ajudar mais. Sem invejas ou mesquinhez. E segundo, quanto mais feliz e agradecida estiver com a Vida, mais ela me dá sem eu estar à espera.
E infelizmente, eu vejo que a maioria das pessoas que me rodeia no dia-a-dia importa-se com coisas que não devia. Passam a vida amarguradas porque a galinha do vizinho é melhor e refilam por tudo o que têm e que não têm.
Só queria que as pessoas parassem e pensassem no que estão a fazer. E em como é fácil estarem melhor, bastando mudarem a maneira de ver as coisas.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Se cada um mexer o seu grão de areia, a montanha move-se!


Imagem de Catarina Sobral© 

"Contribuições para compra, no local, dos bens mais necessários:
NIB: 0033 0000 4547 4459 0330 5
IBAN: PT50 - 0033 0000 4547 4459 0330 5

Mais informações, na página People Need People

SE CADA UM MEXER O SEU GRÃO DE AREIA,
A MONTANHA MOVE-SE.

Três amigas decidiram que estava na hora. Quatro amigos ofereceram-se para dar todo o apoio de base necessário. O objectivo? Seja de que forma for, ajudar os milhares e milhares de refugiados que esperam gelados, exaustos e esfomeados que alguém decida se eles têm ou não o direito a viver.

Vera Valério Batista, Catarina Carneiro e Maria João Caseiro decidiram abdicar de uma semana de conforto para viajarem até à Croácia, directamente para um dos campos de refugiados da chamada zona laranja/vermelha, ou seja, um daqueles onde tudo, até o mais básico, faz falta. De 25 de Novembro a 2 de Dezembro colocarão as suas capacidades profissionais e pessoais à disposição de uma ONG local e ajudarão no que for necessário.

Três pessoas que representam muitas mais. Serão os braços, as cabeças e os corações de todos aqueles que queiram ver-se representados nelas. Entregarão os abraços, os sorrisos e as palavras de esperança que lhes sejam encomendados por cada um de nós. Quem quiser, pode ajudar. E formas de o fazer não faltam. Seja uma palavra, uma partilha, uma informação ou uma música.

Para os que quiserem apoiar financeiramente esta iniciativa, preferimos que direccionem as vossas ofertas para quem mais precisa. Para tal, criámos uma conta para recolha de donativos que serão usados para compra no local dos bens identificados como mais necessários. Sejam eles roupa, agasalhos, casacos, mantas, sacos cama ou, coisas tão básicas como água, pão ou escovas de dentes.

Da nossa parte, asseguramos que esse dinheiro será unicamente usado para esse efeito e no final da iniciativa apresentaremos todas as contas. Caso sobre algum dinheiro, será direccionado para uma das ONG’s a actuar no local.

NIB: 0033 0000 4547 4459 0330 5

Sozinhos não conseguimos. Mas juntos somos muitos! Contamos com a ajuda de todos!!"

People Need People

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Parar para ouvir

Novamente no metro, hoje de manhã, sentei-me ao lado de um senhor. Eu vinha com os phones e reparei que ele falava comigo. Tirei-os e perguntei "Desculpe?"
Ele fez-me uma pergunta sobre o tempo de ida dali ao Cais do Sodré. E pergunta atrás de pergunta, quando lhe respondo que trabalho e já não estudo, ele remata "Então já aprendeu tudo o que tinha a aprender", e eu: "Bem, isso depende... Posso ainda querer aprender mais!"
Isso levou-o a perguntar qual era a minha formação. Contei-lhe o que já estudei até descobrirmos que ele também estudou Geografia na mesma Faculdade que eu. Agora é professor de Geografia reformado. 
Foram alguns minutos a rever metodologias, professores e disciplinas. De repente, aquele senhor tinha estudado com "os grandes" da Geografia em Portugal. Alguns deles que só conheci em livros. Foi fascinante! E tanto que ainda tinha para lhe perguntar quando tive de sair na minha estação!
Faltou o tempo para mais, infelizmente!
Mas aqueles momentos foram o suficiente para chegar ao trabalho com um sorriso de orelha a orelha!

Tudo isto para concluir que, nós que vamos sempre na nossa vida, às vezes sem tempo para conversas, às vezes simplesmente sem vontade de falar... Ou nós que achamos que quando os outros nos falam nos estão a importunar sem sequer sabermos bem o que querem (arrogância no meu ponto de vista), às vezes poderíamos ser surpreendidos com histórias de vida ou com pessoas simpáticas e interessantes. 
Fiquei fascinada com a simpatia do senhor, que às tantas já me tratava por tu. Mais não seja, são coisas destas que nos dão sorrisos gratuitos, desses que às vezes parecem extintos no meio de estranhos!

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Já não há sorrisos?

Hoje ia no metro e quando este começou a andar, uma senhora que se ia a sentar caiu para cima de outra que já estava sentada. 
Nestas situações eu costumo sorrir sempre, é algo involuntário que me acontece! 
Olhei para a senhora que levou com a outra em cima e ela estava séria séria. Juro que até eu me senti mal por a outra senhora ter caído para cima dela, como se tivesse sido eu!
Pensei logo que se vivessemos numa aldeia isto teria sido motivo de risota e descontração, mas aqui, na cidade grande, em que cada pessoa parece-me que nem descontraída com ela própria está, as pessoas reagem assim. 
Achei triste. Cair acontece. Desequilibrarmo-nos também. Um sorriso abre portas, descontrai e desinibe nestas situações. Ajuda a mostrar que não houve problema e que compreendemos perfeitamente a situação. 
A questão é: Porquê não sorrir?!


quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Qualquer dos nossos actos têm sempre repercussões em quem está à nossa volta. E poluir e deitar lixo para o chão, não sendo excepções, podem prejudicar gravemente o nosso planeta, e prejudicam directamente quem não se consegue defender e não tem culpa, como este pequeno colibri. Sei que isto já foi mais que dito, mas é realmente importante pensarmos sempre bem antes de deitarmos seja o que for para o chão (pensemos no planeta como uma casa e sejamos os primeiros a dar o exemplo e a não sujá-lo mais).
Libera a un colibrí que estaba atrapado por un chicleEn este vídeo puedes ver cómo alguien libera a un colibrí que no podía moverse porque se había quedado pegado a un chicle. Compártelo para mostrar que la solidaridad es ayudar a quien lo necesita, sin importar la especie a la que pertenezca. Recuerda: Tus residuos pueden ser mortales para los animales, tenlo en cuenta. Síguenos en www.Facebook.com/IgualdadAnimal
Posted by Igualdad Animal on Segunda-feira, 15 de Dezembro de 2014

"

“Create something today even if it sucks.”

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

"Persons of high self-esteem are not driven to make themselves superior to others; they do not seek to prove their value by measuring themselves against a comparative standard. Their joy is being who they are, not in being better than someone else."
                                                           

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

A inquietação da quietação

Hoje li isto:
"I’ve been reading Wayne Dyer’s book, I can see Clearly Now. In last night’s chapter he spoke about the calling he had to quit his steady and safe job as a professor to pursue becoming a writer. He was terrified, but leapt because he trusted in life’s calling. A year later, his book was a NY Times Best Seller and auctioned off to a publishing house for one million dollars. He’s written scores of books since.
He says,
“When we stay on purpose and steadfastly refuse to be discouraged, accepting our fears and doing it anyway, those seemingly dormant forces do come alive and show us that we are greater people than we dreamed ourselves to be.”
Become the conscious wall ripper , say “no more fear, I’m playing with life today.”"

Se não tivermos medo de voar. Ganhamos mesmo asas. É verdade. E eu sou a primeira a apoiar as decisões que vão em direcção à procura do nosso bem-estar, saúde mental e felicidade. Já o fiz também. Não me arrependo e dei-me bem com isso até. Porque acredito que a vida sorri mesmo a quem lhe sorri!

Mas toda a gente escreve sobre libertarmo-nos, seguirmos o que gostamos, arriscar... E o inverso?
E uma pessoa que não gosta de assentar e se vê com oportunidade para aprender, fazer algo que gosta mas que tem de seguir a vida das 9h às 18h e com contrato? Em que mesmo que não queira os dias lhe parecem todos rotineiros e tenta fazer o máximo dos seus dias porque dessa forma parecem-se mais longos e cheios? 
Detesto a sensação de que tudo passou a correr e não sei onde estive até este momento. E detesto a sensação de passar a semana à espera do fim-de-semana porque isso faz-me chegar depressa aos 80 anos e pensar: "epá, passou tão rápido que nem vi!". Claro...todas as semanas à espera que passem 5 dias para chegarem 2, é normal!

Inquieta-me sempre não saber o que vai ser a minha vida. Saber que tive tempo para visitar sítios (e que até cheguei a pensar que podia dar a volta ao mundo) e que agora não sei quando terei tempo. Há mais no nosso tempo do que trabalhar, para mim. Mas ainda não soube como resolver essa questão por inteiro na minha vida. Como em tudo, até agora, encho-me de paciência e vou deixando fluir. Aproveito oportunidades, sigo impulsos e intuições. 
A culpa disto tudo é não me conformar e resignar. E principalmente viver nessa constante busca pelo que me faz feliz. É uma canseira que prefiro à atitude de acomodação e constante insatisfação com as próprias vidas. Mas por isso, defendo sempre, para qualquer um, o risco e a felicidade. Façam o que fizerem, é para estarem bem e felizes com isso. E porque é um cliché, mas é verdade, o tempo na nossa vida passa tão rápido... 
Ninguém tem medo de olhar para trás e se arrepender do que não fez com o milagre que nos foi dado? Caramba, que sei que não serei eu a única! 

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

E o Outono?

Vou de manhã apressada pelo jardim e sinto o frio matinal. Aquele que se começa a sentir quando ainda não nos despedimos a sério do calor do verão, mas o qual nos faz sentir bem já com um casaquinho, ainda que não muito grosso.
O alcatrão mostra algumas partes húmidas, talvez da humidade da noite, talvez das chuvas que caíram no dia anterior. E as árvores que ladeiam o caminho estão verdes frescas, mas algumas começam a ter as pontas acastanhadas...
Sente-se o Outono a chegar, ainda que tímido, a pedir licença...porque depois os dias ficam ainda quentes e uma t-shirt à hora de almoço também não sabe mal!
Eu adoro o Verão, as cores, o calor, as peles morenas e a alegria. Mas este ano, está a saber-me bem sentir a passagem das estações... Saber que vão vir os dias de aconchego no sofá, a ver um filme com um chá ao lado, sem me sentir culpada por não estar a fazer alguma coisa e a aproveitar o dia.
Senti-me mesmo aconchegada com este passeio matinal. Fez-me pensar que talvez por não ter estado em Portugal o ano passado, este ano estou a sentir a falta desta época do ano! E o Outono é tão bonito por cá, quando aí temos dias bonitos e solarengos mas mais frescos, e as árvores se enchem de tons amarelos, vermelhos e castanhos.
É bom observar a verdadeira beleza do nosso planeta, aquela que não se compra e que está nas coisas que estão ao nosso redor mas que muitas vezes não valorizamos!

The World Is Where We Live

"We are all connected"





terça-feira, 6 de outubro de 2015

"Quem sou eu para achar...?"

Hoje o meu dia começou em volta deste assunto: O nosso tamanho perante a grandeza do Universo e o nosso tamanho perante aquilo que achamos de nós mesmos.


Pequeninos, pequeninos... Com este tamanho, pensa-se duas vezes se vale a pena chatearmo-nos com pequenas e insignificantes coisas. Devíamos unirmo-nos todos em prol de um bem maior, que é preservar o milagre da vida que nos foi dado, em vez de passarmos a vida a acharmo-nos mais que os outros e a discutir por causa de insignificâncias que amanhã não significarão nada. Haja mais amor, compreensão e humildade heart emoticon
Pequeninos, pequeninos... Pondo as coisas em perspectiva, dá para não nos acharmos maiores do que aquilo que somos?Com este tamanho, pensa-se duas vezes se vale a pena chatearmo-nos com pequenas e insignificantes coisas..Devíamos unirmo-nos todos em prol de um bem maior, que é preservar o milagre da vida que nos foi dado, em vez de passarmos a vida a acharmo-nos mais que os outros e a discutir por causa de insignificâncias que amanhã não significarão nadaHaja mais amor, compreensão e humildade heart emoticon

Já agora, percam uns minutos para ver este vídeo que vale a pena para pormos as coisas em perspectiva :)



segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Ser rico ou não ser?


“There are two ways to be rich: One is by acquiring much, and the other is by desiring little.”

Jackie French Koller


"O dinheiro não é tudo." Certo. Mas ajuda? Ajuda muito.
A questão aqui é no que é que ajuda (estando a falar de pessoas de classe média e não, por razões óbvias, de quem não tem nem dinheiro para comer). Todos vivemos numa sociedade consumista que nos leva a querer mais do que o que precisamos. Se aprendermos a ver as coisas com outros olhos, talvez sejamos mais felizes com pouco.
- "Mas o que está mal é que devíamos ganhar mais para ter melhor qualidade de vida". Pode ser e não discordo disso. Mas e se qualidade de vida for fazer 1 pic-nic no Verão em vez de se ir jantar ao restaurante da moda?

Na verdade, nunca ambicionei muito e sempre consegui juntar dinheiro para ter e fazer as coisas que as pessoas acham que "é preciso ser rico".
Posso ser bafejada pela sorte? Posso. Mas também posso ver a vida de outra forma não querendo muito e ficando feliz com pequenas coisas, em prol de um objectivo maior que quero realizar a médio prazo.
Não sei se prescindo de alguma coisa na minha vida. Simplesmente tenho pouco interesse em coisas exageradamente caras, seja roupa, jóias ou restaurantes. E em vez de fazer um sacrifício e prescindir de coisas que poderia comprar, simplesmente não procuro ter essas coisas.
Posso ser complicada em muita coisa na minha cabeça e na minha vida, mas neste assunto, vejo tudo bem claro e, recentemente, descobri que realmente quase ninguém vê as coisas da mesma maneira, querendo sempre ganhar mais porque não conseguem poupar para fazer viagens, por ex.

Sem me alongar mais, quase que garanto que tudo se trata da forma de estar e ver a vida. Não queiramos ter o mesmo que outros mas façamos antes o máximo com aquilo que temos sem ambicionar mais.

Simplifique-se nisso e tudo poderá ser mais claro!

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

“Smile, breathe and go slowly.”

@ new home

“The simplest things are often the truest.”
Richard Bach

“You have succeeded in life when all you really want is only what you really need.”
Vernon Howard

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Pensamentos...

E se o trabalho for encarado como a escola?
Lembro-me que havia dias na faculdade em que entrava às 8h e saía às 22h. Fazia muito pouco, estava com amigos e saía de lá com a sensação de dia cumprido.
Os amigos eram sempre o pilar e a motivação para ir à escola.
Desde que momento é que deixamos de fazer amigos com facilidade como na escola? 
No fundo, passamos tanto tempo com um colega de trabalho como passámos com os colegas na escola. Agora cada um tem a sua vida pós-laboral, mas na escola também íamos para casa depois das aulas.
As amizades fortaleciam-se. No trabalho, nem sempre.
Isto para dizer que já passei por momentos em que tinha de passar o dia em aulas e no final sentia-me bem com não fazer mais nada. Agora, sinto-me mal se não fizer nada produtivo depois do trabalho.
Porquê?

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Pensamentos que surgem...

"A goal or a dream that doesn't challenge the dreamer to become more than they've ever been, to go where they've never gone, and to feel things they've never felt, is actually like wishing for a giant life-snooze button."

Estou determinada a pensar que estou onde a vida me trouxe e onde me trouxeram as escolhas que fiz. Se estou feliz com a minha vida até agora, estou feliz com o que sou e onde estou neste momento.
Arranjei trabalho sem estar à procura e aceitei-o depois de pensar muito. Estou satisfeita porque foi 1 oportunidade e também me veio abrir os olhos para a fase da vida onde estou e para onde quero estar. 
A minha dúvida mais recente é se não estou a ter capacidade de ver mais além e se estou a fazer pouco por mim. Se me estou a esforçar pouco, se não estou a ver para o que tenho jeito e não estou a aproveitar isso. 

Aos poucos sinto que esta crise de identidade constante me leva a refletir muito sobre mim e me leva a conhecer-me e a concluir coisas novas. Mas não sei se depois faço alguma coisa com a informação que obtive com tanta reflexão...

Sei que não me devo acomodar e devo sempre questionar-me. 
Às vezes pensar demais cansa, mas há alturas na nossa vida que sinto que não consigo ser de outra maneira... 

Só não quero olhar para trás e ver que não fiz o que queria ter feito, nem fui quem eu queria ter sido...



quinta-feira, 9 de julho de 2015

A alimentação e a endometriose

Desde que comecei a ler mais sobre o assunto que descobri informação sobre o poder que mudanças na alimentação de determinadas pessoas que fizeram esse esforço, teve na sua saúde e, nos casos graves de endometriose.
A partir daí, também eu tentei estabelecer algumas regras, restrições e implementações que ainda estou a adquirir e adaptar.
As mudanças na alimentação devem ser, geralmente, graduais e, assim sendo, aqui ficam algumas medidas para uma alimentação mais saudável para todos e, principalmente para ajudar a reduzir desconfortos e dores associados à inflamação causada pela endometriose, assim como equilibrar os níveis hormonais, reduzir os níveis de estrogénio, o inchaço e as toxinas e fortificar o sistema imunitário.

Então o que há de principal a reter para começar:
- A alimentação deve dar prioridade à ingestão de generosas porções de frutas, legumes e hortaliças, cereais integrais, peixes ricos em ómega 3 (atum, salmão e cavala) e carne magra. Vegetais de folha verde escura e fibra deverão passar a ser uma prioridade para reduzir os níveis de estrogénio.
- Deve-se evitar o consumo de alimentos ricos em farinha refinada, desprovidos de minerais essenciais e contendo elevado teor calórico. 

- A ingestão de açúcar, contido em doces, bolos, bolachas, tortas, etc, deve ser em menores quantidades e bastante cautelosa.

Alimentos que se deve reduzir: cafeína, álcool, chocolate, gorduras saturadas, manteiga e margarina, bebidas ricas em açúcar e carboidratos refinados. Chocolates, açúcares, arroz, refrigerantes e pratos preparados com farinha refinada enfraquecem os músculos, aumenta a fadiga, deixam-nos ainda mais irritadas e ansiosas.

Alimentos que se deve evitar: todos os produtos de soja e que contêm fitoestrogénios, os alimentos contaminados por dioxinas (as toxinas ambientais libertadas na atmosfera depositadas no meio ambiente) podem aumentar o risco de desenvolvimento de endometriose, em especial, os de origem animal. Já as gorduras saturadas, as trans ou as hidrogenadas (são aquelas produzidas artificialmente e adicionadas aos produtos industrializados) podem aumentar processos inflamatórios no nosso organismo. Elas estão presentes em biscoitos recheados,fritos, frios, congelados, embutidos e, em especial, nos fast foods. 



Para mais dicas e para aprofundar os alimentos e hábitos deixo abaixo os sites pelos quais me segui.

Sites para maior pesquisa:

Endometriosis Resolved


O poder dos alimentos no combate à endometriose


A Endometriose e Eu


O papel da dieta na endometriose


Este blogue foi-me muito útil para seguir uma dieta e aprender muito mais: Tratamento contra a endometriose

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Simplificar as nossas vidas

O meu padrinho faleceu há ano e meio e deixou uma casa cheia de coisas desnecessárias. Para além de tudo o que ele apreciava e fazia questão de coleccionar (e essas coisas, embora desnecessárias, não censuro), ele guardava, sem nunca mais se lembrar, guardanapos de restaurantes, cartões de visita, revistas antigas, fotocópias de fotocópias... tudo coisas que eu própria acumulo porque as guardo por achar piada ou por me dizerem algo no momento, mas depois ficam para lá, esquecidas... e um dia quando nos vamos, essas coisas só a nós diziam algo porque ficaram soltas, sem um registo ou descrição da memória...
Foi aí que me surgiu o quão desnecessário é termos uma data de coisas que nem nos lembramos. Tudo porque queremos ter tudo e quanto mais temos, menos atenção damos a cada coisa. 
Ao ter de limpar a casa e eliminar tralha descobri que quero simplificar. E começar pela minha casa e pelas minhas coisas é o ínicio para simplificar tudo em mim, desde a maneira de pensar, de ver as coisas, de estar...
Comecei pela decoração da casa e quero continuar no recheio. Como estou a terminar as obras e vou começar do zero (embora com caixas e caixas de coisas que já vinham da antiga casa, pretendo mesmo limitar-me ao necessário nos utensílios de cozinha, no quarto, na roupa, nos artigos pessoais... 
O minimalismo é também uma forma de estar na vida, difícil de preservar tendo em conta o consumismo desenfreado que nos rodeia no dia-a-dia e a forma de pensar dos nossos próprios amigos e familiares. Mas só de pensar na palavra "simplificar" já me sinto mais leve!
Deixarei o meu testemunho futuro de como me estou a sair! Até lá deixo um artigo que li sobre o assunto:
Minimalismo

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Viagens...

Hoje caminhei do Martim Moniz ao Largo do Intendente por ruas paralelas à Almirante de Reis e senti-me num outro mundo... Envolvidos na calma das ruas vi lojas, negócios e mini-mercados geridos por indianos. Senti-me longe daqui... E subitamente o nervoso das viagens fez-se sentir, as lágrimas vieram aos olhos com as saudades desses locais onde me senti bem. Viajar faz tão bem à alma, mas prende-nos o espírito para sempre <3 font="">
...

Tudo isto me lembrou um artigo que tinha lido, e que fui imediatamente reler, sobre o que eles chamaram de "after travel blues", qualquer coisa como a "melancolia pós-viagem".
Os peritos dizem que essa melancolia chega entre 6 a 8 semanas depois do fim da viagem e quando a nova vida começa a ser normal. A normalidade...esse termo que não sei bem definir...
Como pode alguém pensar que vai viajar durante uns meses ou mesmo anos, e que depois o espírito vai acalmar e vamos querer sossegar num sítio? 
Agora constato que nada disso acontece e o "bichinho" vai estar sempre lá. Todos os dias nos vai passar pela cabeça a simplicidade e liberdade que é fazer as malas e partir. Deixar tudo o que não precisamos para trás e não pensar mais nisso.
Todos os dias nos vai apetecer fugir à rotina. E todos os dias vamos olhar o mundo de outra forma, ver oportunidades em cada canto, sentir que nada é mesmo impossível e que temos escolha, e ser infeliz não é uma delas. O Mundo ensina-nos que nós sempre podemos escolher o nosso caminho e, que às vezes parece mesmo que não, mas não há passos impossíveis. Mais tarde, quem arrisca, verifica que vale mais a pena fazer do que não fazer, e que o que parecia difícil foi até fácil. 
Porque, li uma vez, é melhor termos objectivos que parecem inatingíveis e para os quais nos esforçamos mesmo para alcançar do que objectivos palpáveis que guardamos na prateleira do "um dia...".
A sensação de partir e sentir a emoção e alegria de viajar nunca me vai passar. Quererei sempre descobrir mais, sentir-me livre, conhecer, fugir do habitual, aprender e crescer. Acho que é altura de saber que não posso fugir a isso, mas sim continuar a viver para o fazer.
Ainda me falta saber muita coisa na minha vida, mas estou no bom caminho :)


sábado, 28 de março de 2015


Hoje partiu a minha primeira companheira. Desde pequena que pedia um cão aos meus pais, mas ela só chegou bem mais tarde num dia inesperado. Levei-a para casa com a esperança vã de que pudesse ficar. "Entra a cadela saio eu!" - disse logo a minha mãe. "Então fica só esta noite e amanhã vamos entregá-la" - conseguimos eu e o meu pai acordar. 
Mas não saiu no dia seguinte e ficou connosco por muitos anos. 
A presença dela tornou-nos a todos melhores e mudou muita coisa cá em casa. Depois dela, a minha mãe aceitou mais 2 cães e tornou-se uma acérrima defensora dos animais ajudando todos os que encontra. Antes, ela mudava de passeio com medo quando via um cão.
Hoje a Nikita estava menos de metade da cadela bonita, vivaça, alegre, esperta e refilona que era. Deixou-nos, mas o que nos ensinou e a presença dela ficará bem viva em nós.
Obrigada Nikita 
heart emoticon

terça-feira, 10 de março de 2015

A Endometriose

Depois de descobrir que tenho uma doença que pode ser silenciosa para várias mulheres, acho que é importante a sua divulgação e conhecimento pois muitos médicos ainda não a diagnosticam facilmente:
A endometriose é uma doença crónica em que se desenvolve tecido semelhante ao do endométrio, em localização variável fora do útero, formando massas de características benignas, com maior ou menor extensão. 
O endométrio é a camada interna do útero que é renovada mensalmente pela menstruação. É um transtorno ginecológico comum, atingindo entre 10% e 15% das mulheres em idade reprodutiva.
Nas várias localizações extra-uterinas, esse tecido sofre transformações semelhantes às que ocorrem no útero durante o ciclo menstrual, que se traduzem, mais frequentemente, em dor e infertilidade.
Os locais mais comuns em que ocorre endometriose são os ovários, as trompas de Falópio, o intestino e as áreas que rodeiam o útero.
Nas formas graves da doença, as massas de endometriose podem atingir outros órgãos pélvicos, nomeadamente o reto, vagina, cólon sigmoide, ureteres, bexiga e nervos superficiais e profundos. Algumas formas de endometriose profunda podem, ainda, envolver outros órgãos, por exemplo o diafragma e pulmão.
Muitas adolescentes, assim como mulheres maduras, podem desconhecer que sofrem de endometriose, pois  nas formas mais ligeiras, a endometriose pode não ter quaisquer sintomas. No entanto, a sintomatologia mais habitual desta doença caracteriza-se por dor, que pode ocorrer durante a menstruação ou entre os períodos menstruais (dismenorreia), durante ou depois das relações sexuais, durante a micção ou a defecação. Apesar das dores fortes há tendência para as considerar "próprias" do ciclo mestrual. Muitas mulheres têm também queixas de dificuldade em engravidar.
Nas formas graves de endometriose, também mais raras, podem estar presentes outros sintomas, relacionados com os órgãos que são atingidos.
Os sintomas associados à endometriose podem ocorrer em várias outras doenças. Assim, o diagnóstico de endometriose requer uma avaliação médica detalhada, a realização de exames complementares de diagnóstico ou mesmo uma investigação cirúrgica (laparoscopia exploradora).
Para saber mais:

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Novos começos todos os dias

A vida dá voltas e voltas e cá estou eu de volta a Portugal, não pelos melhores motivos. Apareceram-me uns quistos nos ovários enquanto estava no Vietname e no hospital disseram-me que seria melhor regressar ao meu país para os remover. Fui então diagnosticada com endometriose (uma doença crónica da qual falarei noutro post) e estou agora a adaptar-me à ideia e a aprender a conviver com isso, adaptando a minha alimentação a produtos que me façam menos mal sendo menos inflamatórios e que não desregulem o meu nível hormonal (também falarei mais tarde dessa dieta que interessa a todos os que querem ter uma alimentação mais saudável).
Enquanto espero por consultas e exames, resolvi que a minha vida continua e que não posso esperar por estar melhor para fazer planos. Não posso querer fazer uma coisa mas ficar todos os dias quieta sem fazer nada por isso! Não podemos arranjar desculpas e encobrir os nossos sonhos com coisas que se metem pelo meio, esperando que "depois disso eu farei o que quero". Depois pode ser tarde se não tivermos a força de vontade agora!
A vida é agora, e se queremos mesmo fazer algo, é agora também. Isso de empurrar para depois são só desculpas!
Na minha adaptação ao regresso, entretive-me com novos objectivos até saber quando poderei voltar a viajar e estou também a tentar disciplinar-me começando uma nova rotina diária. Todos os dias são como Ano Novo para mim: faço resoluções, agradecimentos e reflexões. E com isso sinto uma nova esperança cada manhã! 
As rotinas diárias são importantes para nos motivarmos. Fazia-o em viagem e quero preservar em mim algumas coisas que aprendi comigo mesma. Levanto-me mais cedo para ter tempo para mim e, às vezes pode custar fazê-lo, mas sabe muito bem depois! 
A rotina criada para a manhã é muito importante para nos dar energia para o resto do dia, então:
-Acordar - Esticar-me bem e espreguiçar
-Yoga / Exercício físico (por agora estou a criar uma rotina leve de exercícios de yoga até estar melhor)
- Meditação e intenção para o dia. (Aproveito para pensar em 5 coisas pelas quais estou grata hoje (muito importante!))
- Pequena auto-massagem ao peito, pescoço e pés
- Pequeno-almoço e ler os emails. Tentar ler ou ver algo inspirador.
- Fazer uma lista com o plano do dia e o que quero fazer
Ainda tenho um longo caminho para conseguir estabelecer e cumprir a minha rotina toda diária, mas refiro os hábitos matinais porque acho que são o mais importante do dia para nos dar força. 
Se fechar os olhos por 5 minutos e pensar nas coisas boas que me fazem estar grata e pensar numa intenção para o dia, tentando ser positiva, abro os olhos com um sorriso na cara! E isso, eu sei que o corpo sente e a mente também!