segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

A não esquecer no novo ano


“Não digas que não tens tempo. Tens exactamente as mesmas horas por dia que Helen Keller, Pasteur, Michael Angelo, Madre Teresa, Leonardo da Vinci, Thomas Jefferson e Albert Einstein.”

“A coragem nem sempre ruge. Às vezes, a coragem é a pequena vozno final do dia que diz que eu vou tentar de novo amanhã." - Mary Anne Radmacher


"Daqui a 20 anos vai ficar mais desapontado pelas coisas que não fez do que pelo que você fez. Então atire as amarras. Navegue para longe do porto seguro. Explore. Sonhe. Descubra." - Mark Twain



“A tarefa de qualquer pessoa na vida é tornar-se uma pessoa melhor. ” - Leo Tolstoy




quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Hoje o dia tem tudo para ser especial.
Mas acredito que só o é, se nós permitirmos.
Contra a minha lógica de estar, se nos deixarmos à espera que algo bom aconteça, pode nunca acontecer.
Há sinais, coisas boas que são efémeras se não acreditarmos mais nelas...

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O meu país

Vivo num país onde agora quase pagamos para trabalhar.
Tudo é caro. As taxas e impostos aumentam e o ordenado sofre cortes.
Isso até seria suportável se, no meu país, as pessoas vivessem sorridentes pelo país físico e pelo clima que têm.
Seria suportável se não houvesse tanta gente com falta de educação e civismo. 
Seria suportável se não tivesse de começar o dia com o carro bloqueado por outro carro, cujo proprietário estava às 8h da manhã no café ao pé de minha casa e ainda veio tirar o carro como se o estivesse a incomodar muito e a dar-lhe um grande estorvo.
Nada de sorrisos, nada de "desculpe lá!". Que azia!
Gente rude que me faz pensar na porcaria de sociedade que temos. Odeio pessoas mal-educadas e que não pensam nos outros. E vejo disso todos os dias...
Carros que aproveitam a faixa que vai acabar para ainda se meterem e passarem mais à frente no trânsito. 
Não sou assim. 
Faz-me pensar nas sociedades ditas civilizadas e educadas e suspirar pelo desespero que sinto num país que gosto de pensar que tem futuro, mas onde a esperança é arrancada a ferros de dentro de mim...

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Sorrir à simplicidade





Lisboa. Largo do S. Carlos.
19h45 e está um óptimo ambiente. Ouve-se música, o lusco-fusco chega devagar, a temperatura está amena e há mesmo quem desfrute de tudo isto do alto de um prédio antigo. Que bem se deve estar num terraço virado para o S. Carlos!
Um menino, no meio das pessoas despreocupadas, que ouvem música, faz bolas de sabão.
As bolas de sabão são mágicas! Quem não gostava de as fazer e segui-las até o olhar se perder ou até rebentarem?
Aí ficávamos tristes mas voltávamos a tentar. Queríamos sempre a bola de sabão perfeita e éramos persistentes com isso!
Por isso, as bolas de sabão sempre me reportam para a felicidade despreocupada de se ser criança.
No meio disto está uma senhora preocupada com as bolas que vão na sua direcção. Rebenta as que consegue e diz (com ar enjoado) à criança para se chegar mais para o lado.
Olho para tudo isto de fora e pergunto-me o que vai na cabeça daquela senhora para se sentir incomodada com as bolas de sabão. Em que momento da nossa vida se faz o clique e deixamos que pequenas coisas não façam a nossa felicidade?
Quando é que passa a ser uma questão de vida ou morte não se sujar a roupa? 
Porque nos esquecemos de sorrir à simplicidade?

terça-feira, 24 de julho de 2012

Há dias em que tenho muito sono, e sinto os olhos pequeninos.
Nesses dias, o que me apetecia na verdade, era ter uma ilha deserta. Daquelas paradisíacas, com areia branca e dodos a correr pela praia.
Na minha ilha só se podia entrar com palavra-passe e não haveria rede. Estaria incontactável.
O tempo passaria devagar e eu poderia descansar à sombra das árvores no balanço de uma rede esticada entre troncos.
À falta disso, nestes dias, crio a minha própria ilha deserta. Divago e ausento-me das comunicações.
De qualquer das formas a cabeça descansa e o espírito recarrega energias! 
Bem são precisas estas pausas para me sentir com forças e me motivar. Quero crer que viver depende disso. Ir mais além. Não existirmos apenas, mas vivermos.

Viagem a Cabo Verde

O ano passado fiz uma viagem até Cabo Verde.
Podem ver as fotos, desenhos e o relato aqui:


Diários da Errância - Cabo Verde

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Em tempo de incêndios

Em tempo de incêndios voltam a surgir algumas questões que não deveriam ser só lembradas nestas alturas.
Duas questões importantes se levantam: o caso da nova legislação que permite a arborização até cinco hectares e a rearborização até dez hectares e que poderá ser feita com qualquer espécie, sem necessidade de qualquer autorização. O eucalipto surge aqui como o principal candidato por ser uma espécie que se desenvolve rapidamente e que permite assim um rápido retorno financeiro.
O eucalipto é uma espécie que facilita a propagação de incêndios e a sua plantação diminuirá também a nossa diversidade florística. 
"O governo facilitará a desertificação das zonas rurais, a destruição do que sobra da nossa agricultura e a propagação crescente de incêndios - quer pela natureza deste tipo de plantação, quer pelo prémio ao crime." - Podem ler mais sobre isto em Eucaliptar Portugal.


Até lá, outro aspecto a considerar com a destruição das nossas florestas:



O que poderemos nós fazer para que isto se altere?

terça-feira, 17 de julho de 2012

O Amolador (The Knife Man)


Faz parte dos sons de Lisboa e faz parte das minhas memórias de infância.
Nunca sabia de onde vinha aquele som ou o que era, mas tantos anos depois continua a trazer-me à memória a janela do quarto aberta num dia de sol, os cortinados a abanarem com a aragem e os brinquedos espalhados pelo chão. Sem esperar, ouvia-se o amolador.

Agora já não o ouço, mas ele ainda anda por aí. Era tão bom não se deixar perder estas profissões tão genuínas.

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It is a part of the Lisbon sounds and it's part of my childhood memories.
Never knew where that sound cames from or what it was, but after so many years it continues to bring to my mind the open bedroom window on a sunny day, the curtains stiring with the breeze and the toys scattered on the floor. Without expecting, you could hear the grinder.

Now I do not hear him anymore, but he's still around. It would be so nice to try not to lose these so genuine professions.



Knife Man (Amolador) from mattquann on Vimeo.

quinta-feira, 12 de julho de 2012



"Turn your face to the Sun, and the shadows will fall behind you".
Maori proverb

quarta-feira, 21 de março de 2012



"Às vezes ouço passar o vento, e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido" 


Fernando Pessoa

terça-feira, 20 de março de 2012

Welcome Spring!




"Quando vier a Primavera, 
Se eu já estiver morto, 
As flores florirão da mesma maneira 
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada. 
A realidade não precisa de mim. 

Sinto uma alegria enorme 
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma 

Se soubesse que amanhã morria 
E a Primavera era depois de amanhã, 
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã. 
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo? 
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo; 
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse. 
Por isso, se morrer agora, morro contente, 
Porque tudo é real e tudo está certo. 

Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem. 
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele. 
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências. 
O que for, quando for, é que será o que é." 

Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Novo blog!


Não vou abandonar este, não.
Apenas criei um novo. Uma parceria, dois olhares distintos, desenho e fotografia misturados com viagens. Longas ou curtas. Porque viagem pode ser tudo. Demoradas deslocações ou passeios deambulantes.
O objectivo é divertirmo-nos, estimularmos os sentidos e estimularmos quem nos lê. Porque viajar faz bem à alma... Mesmo que seja pelos olhos de quem o faz!

Dêem uma vista de olhos: Diários da Errância

Diários da Errância


Desafio













Ora bem, já não fazia destas coisas desde o 9º ano, em que escrevíamos dedicatórias em caderninhos, e questionários para nos lembrarmos dos nossos amigos para sempre!
Parecia que aquilo que éramos ia ser sempre assim. Tudo tal como é agora. Por isso, e como quero muito ler as minhas respostas daqui a uns anos, aceitei o desafio que a minha amiga CV Love lançou a algumas bloggers. Aqui fica:
1- Nome da minha música favorita? Nunca me lembro de nenhuma em especial! Tudo depende do que apetece ouvir! Confesso que sabe bem estar no quarto ou no banho a ouvir Nouvelle Vague ou Tracy Chapman. Para viajar levo sempre uma selecção variada, desde reggae a electro. 
2- Nome da minha sobremesa preferida?  Não caio de amores por doces! Mas tudo o que tenha chocolate merece a minha modesta atenção. Mousse de chocolate, bolo de brigadeiro, vienetta, crepe de chocolate... Venham eles! 
3- O que me tira do sério? Hipocrisia e cinismo.
4- Quando estou chateada? Quando estou? quando me apetece! As razões podem ser algumas. A principal é as coisas não me correrem como queria. Ou então não me conseguir decidir sobre a imensidade de coisas possíveis a fazer num dia livre.
5- Qual o meu animal de estimação favorito? O cão.
6- Preto ou Branco? Preto.
7- Maior medo? Olhar para trás um dia e ver que não fiz tudo o que queria.
8- Atitude quotidiana? Tentar absorver sempre tudo o que a vida me oferece. E sorrir. Se o fizer quando estou sozinha é porque é realmente sentido, dizem.
9- O que é perfeito? O planeta em que vivemos.
10- Culpa? Culpa de, com esta idade, ainda roer as unhas!


Sete factos aleatórios sobre mim:
1- Adoro viajar.
2- Não passo sem rabiscar e escrever coisas todos os dias.
3- Gosto de acreditar na celebração da beleza natural das pessoas e de tudo o que nos rodeia.
4- Não sou nada atenta a pormenores dos outros, mas adoro fotografar pormenores. Vai-se lá explicar! 
5- Sou bastante orgulhosa.
6- Adoro caminhar, explorar, pensar em sítios para descobrir, e perder-me a pensar demais na vida. Gostava que as pessoas se preocupassem menos com o supérfluo e olhassem mais para as pequenas coisas que nos conseguem fazer sorrir.
7- Gosto de me afastar das confusões urbanas porque gosto do que é simples. Respeito muito o planeta. Acho que a vida é um verdadeiro milagre. E o que me dá mais prazer é observar a Natureza e a paisagem.
Regras:
Colocar o link da pessoa que te ofereceu o selo.
Preencher o formulário das perguntas.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Petição Pelo Alargamento do Horário em que é Permitido Transportar Bicicletas no Metropolitano de Lisboa


Gente, Vamos assinar! Mesmo quem não usa a bicicleta nos seus habituais movimentos pendulares pode ajudar quem quer usar! :)
É um gesto que não custa nada, e só vem ajudar a termos uma melhor cidade de Lisboa, e uma melhor responsabilidade cívica!

Petição Pelo Alargamento do Horário em que é Permitido Transportar Bicicletas no Metropolitano de Lisboa

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Divagações

Tenho saudades do cheiro que sentia ao abrir as carteirinhas novas de cromos! E todo o ritual da novidade e surpresa, e o descolar a parte de trás e colar na caderneta! :) Aquele cheiro a novo, relembra-me o carinho e excitação com que fazia as minhas colecções :)

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Só para geógrafas /Only for female geographers

E assim nasce mais um grupo que junta mulheres, geografia e fotografia. No que é que isto poderá dar?
A mim parece-me uma magnífica mistura! Partilhar ideias e visões, partilhar o nosso mundo, e abrir portas a projectos.
Meninas geógrafas de todo o mundo que andam por aí a tirar fotos e têm Flickr, partilhem connosco!


SHEOGEOGRAPHERS


Flickr group for female geographers from all over the world! 
Women, Geography and photography. Don't you think it's a wonderful mixture?
We invite you to came and share your ideas, visions and your own world. If you like to take nice pictures, please share it with us!


SHEOGEOGRAPHERS

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O Bairro de Alvalade


O dia sorriu-me. Parecia que ia correr mal, mas foi só fachada!
Tive calor. Porquê? Porque caminhei a bom passo pelo bairro de Alvalade. 
Parece-me um mercado gigante onde se pode encontrar de tudo. Qual centros comerciais, qual quê!
Por entre as ruas do quarteirão principal de Alvalade caminha-se entre velhinhos vagarosos, madames e chineses. O que queremos encontrar, encontramos. Há o mercado principal, os correios, escolas, papelarias grandes e pequenas, casas da sorte e muitos restaurantes com menus em conta.
Também já há restaurantes japoneses, vegetarianos e nepaleses. Tudo para não se perder os tempos!
Sim, porque desde pequena me lembro de passear alegremente nas ruas d Alvalade e parece-me que pouco mudou.

 Algumas lojas já lá não estão, mas ainda se continuam a ver as crianças com as avós, os cães a serem passeados e os carrinhos de duas rodas para as compras.
Mais uma voltinha e mais uma moedinha. Aparecem-me as sapatarias, as grandes lojas de chineses, as casas de roupa chique, e as casas de roupa barata.
A meio do caminho não consigo não ouvir a conversa de duas ciganas que se queixam de como isto está muito mau: “Nada se vende” – diz uma enquanto olham para a montra de uma loja. “Isto ninguém quer comprar nada!” – “Pois…”. “Eu hoje fui para o Relógio e não vendi nada.”, “Olha ontem no dia todo fiz 30 euros. 30 euritos! Se não fosse a minha mãe dar-me dinheiro, não sei!”.
E foi aí que olhei para ver com olhos de ver a pessoa que falava.
Espantou-me dizer que a mãe lhe dava dinheiro quando aparentava uns 40 anos. ‘tá mesmo difícil!
Continuei, pois… Casas de móveis antigos, casas de madeiras, cabeleireiros modernos e barbeiros à moda antiga. Cafés acolhedores, casa de chá e esplanadas ao sol. A rua principal (Avenida da Igreja), sempre cheia de gente, já parece digna de uma metrópole com os seus restaurantes e marisqueiras, quiosques de revistas, gelatarias deliciosas e bancos. Num dos passeios, um engraxador ainda parece ter clientela.

Subo por uma rua perpendicular à avenida. Lojas para alugar também se encontram. Empregados à porta a ver quem passa, e uma loja com tudo! Desde artigos para costura até artigos para o cabelo e para a pele.
Há algumas lojas destas em Alvalade. Cheias de tudo e de muito que em nada combina. Fazem-na um bairro pitoresco e caloroso.
Se procurarmos bem encontramos o que queremos e o que já não esperávamos e ainda nos dão um sorriso.
Há coisas que não devíamos deixar morrer…










terça-feira, 17 de janeiro de 2012


Devíamos fazer mais coisas estúpidas. Só porque sim!
O mundo seria muito mais risonho e divertido!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012


Hoje não estou com muita paciência e o que me apetecia mesmo era ir para casa.

A paciência é algo que tento cultivar, principalmente por causa das funções que agora desempenho, mas às vezes dou por mim a pensar onde é que certas acções nos levam!
Para além de ficarmos melhor connosco e com a nossa consciência, muitas vezes vemo-nos a ter atitudes de bom comportamento que nos levam a paciência ao extremo. Interrogo-me se valem os cabelos brancos todas as vezes que me apeteceu virar as costas a uma conversa que não me interessava. Por exemplo.



2012 começou e, como pessoa optimista, tento olhar as coisas boas que me têm acontecido. É altura de esperanças mas de repente Janeiro parece-me tão longo! E por vezes, o inicio custa quando olhamos para a frente e não sabemos o que vemos. Quero, com todas as forças, pensar em coisas boas porque acredito que isso me trará acontecimentos positivos, e porque acredito que querer sentir força em nós (mesmo quando parece impossível) nos ajuda a ter, de facto, a força que faltava.
Dizem ser o ano do fim do mundo, mas afinal quando é que acaba o mundo?
Deixem-me acreditar que no meio de tantas teorias, o mundo continuará e que este "fim do mundo" seja em sentido figurado, um tempo de mudanças e transformações, e de nos voltarmos para dentro de nós. 
Que esta crise mundial nos faça renovar valores esquecidos e mudarmos atitudes perante a vida e os outros. 
É esse o verdadeiro fim do mundo, e a derradeira mudança que é necessária.