quinta-feira, 11 de abril de 2013

Sputnik, meu amor

Foi há precisamente 1 ano que encontrei esta fofurinha na rua. Tinha medo, sede, imensos parasitas, estava cabisbaixo e tinha muita falta de energia. 
Faz hoje 1 ano que ele me trouxe mais alegrias ao coração. Faz-me rir, acompanha-me a qualquer lado e eu ganhei o objectivo de o fazer feliz o melhor que sei.
Quero sempre levá-lo a lugares novos onde possa correr e libertar as energias que acumula durante a semana.
É um bom amigo. E agora somos, de certeza, os dois muito mais felizes! 


Faz-me pensar na quantidade de animais abandonados e no coração das pessoas que o faz. 
Muita gente ainda não vê que os animais não são descartáveis. Há muita gente que não nos vê a todos como iguais neste mundo. 
Nós também somos animais. Mas racionais. O que nos devia dar uma maior responsabilidade para com os outros seres. 
Em vez disso, são eles que nos dão bonitas lições de companheirismo, coragem e respeito.

Para o infinito e mais além!

O ano passado, em Abril, eu e dois amigos decidimos fazer uma viagem de bicicleta. Não tínhamos muitos dias e o tempo não estava famoso. Pensámos em ir até Badajoz, mas ficámos por Azeitão! O principal motivo foi o facto de termos alojamento lá :)

Fica aqui um resumo:


 Quarta 25, choveu o dia todo. Encontrámo-nos para planear a viagem.


Quinta 26, dia chuvoso, saímos da Estefânia para o Cais do Sodré. Aí apanhámos um barco para o Seixal, no qual são permitidas exactamente 3 bicicletas por barco. Do Seixal pedalámos até Brejos de Azeitão. 15 km mais ou menos.
Levei comigo só o essencial: comprimidos, mapa, corta-unhas/tira caricas, lanterna, spray para furos, câmaras de ar, colete reflector, lenço para o pescoço, 2 pares de leggings, uma camisola polar, uma t-shirt, máquina fotográfica, carregadores e saco-cama.






 Sexta 27, aguaceiros. Custou a levantar mas andámos uns 35km por trilhos de areia. Carregámos a bici à mão, fomos até uma fonte do meio de nenhures e fizemos geocaching. 
Foi um dia cansativo. 
Quando regressamos a casa vamos sempre ao supermercado comprar o jantar e o pequeno-almoço do dia seguinte.










Sábado 28, chuva forte ao fim do dia. Adormecemos porque o despertador não tocou. O Zé veio ter connosco, tentámos arranjar uma bici para ele lá por casa e por isso já saímos tarde. Haviam algumas, nenhuma em perfeito estado.
Inexplicavelmente íamos só dar umas voltas, então começámos a pedalar nos arredores e fizemos geocaching. De repente, seguimos por uma estrada de areão e decidimos que continuávamos. 
Fomos até à Lagoa de Albufeira por trilhos de areia e por vezes tive de ir com a bici pela mão porque não conseguia pedalar com tanta areia.
Chegámos à Lagoa fazia-se noite (e naquela altura fazia-se noite às 21h). O Amaral ficou sem pedal e tivemos de vir mais rápido para vir buscar o carro do Zé e apanhá-lo enquanto ele veio caminhando. Chovia a potes. Chegámos encharcados. Tínhamos feito 54 km.
Na nacional 377 tive medo. Estava muito escuro e a estrada era estreita e nunca mais acabava. Alguns idiotas entendiam que era divertido buzinar ao passar por nós. Chegámos à 1h a casa. Ainda por jantar e todos molhados. Aquecemo-nos na lareira e devorámos a comida.



Domingo 29, ninguém quis fazer nada. Soube bem preguiçar e dormitar. 
Andar de bicicleta por estes dias revelou-se uma alegria e um prazer. Faz-me sorrir sentir o vento ou a chuva na cara. Vêem-se pormenores, sentem-se os cheiros e ouvem-se bem os sons dos locais por onde se passa, seja na natureza, seja na cidade.
Para mim, o importante destes dias foi ter repousado a alma e terem-me feito sorrir tanto.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Todas as coisas fixes que se podem ver nos USA numa só viagem

Uma vez li que o nosso reflexo depende da perspectiva e do olhar de cada um. A forma como nos vêem depende obviamente do ponto de vista, da pessoa que olha, da forma de ver e dos percursos de cada um.
Digo obviamente mas a verdade é que na maioria das vezes nos esquecemos disso e queremos agradar a todos, ou julgamos que somos iguais aos olhos de todos. Mas provavelmente, o que somos para nós próprios não é o que somos para os outros. Essa também é a magia de aprendermos a viver com isso, e não digo para aceitarmos o que somos, mas sim para constantemente procurarmos ser melhores e mudar aspectos que nos desagradam.
Tudo isto me leva às viagens e à liberdade de espírito que nos trazem. Numa verdadeira viagem, aprendemos, conhecemo-nos, deixamos um pouco de nós e trazemos muito connosco. É essa a sua beleza: Crescer como pessoa e tentar sermos melhores e mais tolerantes. Os nossos percursos e as pessoas que se cruzam na nossa vida fazem de nós o que somos. Se ficarmos parados não vamos acrescentar nada a nós mesmos!

Daqui a uma semana iremos para os Estados Unidos durante 20 dias e está na altura dos preparativos. Ontem encontrámo-nos para alinhavar o percurso e acordar pormenores, e foi como se estivéssemos na véspera da entrega de um trabalho de grupo na faculdade! 
O entusiasmo começa a crescer à medida que a ideia começa a ganhar forma!
Está quase!