quinta-feira, 11 de abril de 2013

Para o infinito e mais além!

O ano passado, em Abril, eu e dois amigos decidimos fazer uma viagem de bicicleta. Não tínhamos muitos dias e o tempo não estava famoso. Pensámos em ir até Badajoz, mas ficámos por Azeitão! O principal motivo foi o facto de termos alojamento lá :)

Fica aqui um resumo:


 Quarta 25, choveu o dia todo. Encontrámo-nos para planear a viagem.


Quinta 26, dia chuvoso, saímos da Estefânia para o Cais do Sodré. Aí apanhámos um barco para o Seixal, no qual são permitidas exactamente 3 bicicletas por barco. Do Seixal pedalámos até Brejos de Azeitão. 15 km mais ou menos.
Levei comigo só o essencial: comprimidos, mapa, corta-unhas/tira caricas, lanterna, spray para furos, câmaras de ar, colete reflector, lenço para o pescoço, 2 pares de leggings, uma camisola polar, uma t-shirt, máquina fotográfica, carregadores e saco-cama.






 Sexta 27, aguaceiros. Custou a levantar mas andámos uns 35km por trilhos de areia. Carregámos a bici à mão, fomos até uma fonte do meio de nenhures e fizemos geocaching. 
Foi um dia cansativo. 
Quando regressamos a casa vamos sempre ao supermercado comprar o jantar e o pequeno-almoço do dia seguinte.










Sábado 28, chuva forte ao fim do dia. Adormecemos porque o despertador não tocou. O Zé veio ter connosco, tentámos arranjar uma bici para ele lá por casa e por isso já saímos tarde. Haviam algumas, nenhuma em perfeito estado.
Inexplicavelmente íamos só dar umas voltas, então começámos a pedalar nos arredores e fizemos geocaching. De repente, seguimos por uma estrada de areão e decidimos que continuávamos. 
Fomos até à Lagoa de Albufeira por trilhos de areia e por vezes tive de ir com a bici pela mão porque não conseguia pedalar com tanta areia.
Chegámos à Lagoa fazia-se noite (e naquela altura fazia-se noite às 21h). O Amaral ficou sem pedal e tivemos de vir mais rápido para vir buscar o carro do Zé e apanhá-lo enquanto ele veio caminhando. Chovia a potes. Chegámos encharcados. Tínhamos feito 54 km.
Na nacional 377 tive medo. Estava muito escuro e a estrada era estreita e nunca mais acabava. Alguns idiotas entendiam que era divertido buzinar ao passar por nós. Chegámos à 1h a casa. Ainda por jantar e todos molhados. Aquecemo-nos na lareira e devorámos a comida.



Domingo 29, ninguém quis fazer nada. Soube bem preguiçar e dormitar. 
Andar de bicicleta por estes dias revelou-se uma alegria e um prazer. Faz-me sorrir sentir o vento ou a chuva na cara. Vêem-se pormenores, sentem-se os cheiros e ouvem-se bem os sons dos locais por onde se passa, seja na natureza, seja na cidade.
Para mim, o importante destes dias foi ter repousado a alma e terem-me feito sorrir tanto.

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