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Há pessoas que têm mais facilidade em aproveitar os seus dias ao máximo do que outras. E frequentemente vejo pessoas a queixarem-se da sua vida sem repararem que somos nós os responsáveis pelo rumo que tomamos.
Fazer dos nossos dias um cantinho melhor para nós próprios não é assim tão difícil! Basta sairmos da rotina e procurarmos fazer coisas que nos transformem a disposição para melhor. Ou seja, basta seguirmos o nosso coração e esquecermos um bocado as obrigações pós-laborais que teimamos em tornar coisas imprescindíveis para a nossa vida.
Imprescindível é o nosso bem-estar e o nosso estado de espírito.
Portanto, as pessoas que não costumam ter vontade de fazer nada, chegam a casa e sentam-se no sofá o serão todo, mas que não ficam contentes com a sua vida, devem fazer um esforço ainda maior que as outras para alterar a sua rotina. Seria mais fácil para todos passar os dias a não fazer nada. Mas não é uma escolha de todos, porque há que combater o ócio, para nosso bem-estar!
O que não quer dizer que não devamos ter os nossos momentos. Mas então que aproveitemos para contemplar e respirar. Ouvir-nos no silêncio pode fazer tão bem!
Fazer desporto, observar o que nos rodeia. No caminho para o trabalho é tão refrescante observar o céu, estar atento a pormenores, sentir o vento, ouvir o chilrear dos pássaros... Ver como os dias são bonitos logo pela manhã pode ajudar-nos a mudar o astral.
Procurar dar uma volta à hora de almoço, fazer uma pequena caminhada ao fim do dia, estar com amigos ou estarmos com nós próprios. Agora com o Verão e os dias maiores, é fácil haver tempo para tanta coisa! Ir à praia e apenas ficar ali a observar o mar, andar de bicicleta, ir dar um passeio maior com o cão.
Aprender línguas, conhecer sítios novos, explorar!
Para mim, é um óptimo exercício conhecermo-nos realmente. Desafiarmo-nos e conhecermos os nossos limites. Fazermos coisas diferentes, conhecer.
Parar para respirar um pouco em qualquer momento do dia. Pensarmos no que somos, o que gostamos, o que queremos e onde queremos estar.
Fazer uma lista do que queremos visitar, do que queremos fazer e de coisas que queremos melhorar em nós. E todos os dias fazer uma lista de, pelo menos, 3 prioridades a fazer naquele dia.
São maneiras de nos tornarmos satisfeitos connosco próprios, de querermos melhorar-nos e evoluir e também de colocarmos intenções na nossa vida.
Já que vamos passar algum tempo connosco próprios não será bom aprendermos a viver com isso da melhor forma possível?
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Xiii, até me sinto envergonhado ao ler sobre a tua forma organizadinha de viver estas coisas. Olha, eu tenho de me confessar ligeiramente obcecado com o tempo, ele parece sempre fugir-me, com tanta coisa que eu quero fazer e experimentar. e para uma pessoa como eu, estabelecer objectivos ou metas diárias acaba por ser uma maneira de acrescer às mil e uma coisas que posso fazer com este tempo que teima em fugir-me... é mais pressão do que aquela que uma mente simples, como a minha, está disposta a aceitar.
ResponderEliminarNão, não faço listas, não escrevo como tu, porque eu prefiro viver um pouco ao sabor do dia... acho que é o único aspecto da vida em que eu prefiro reagir em vez de agir. Talvez a surpresa seja uma coisa que me é cara, mesmo quando não ocorre... talvez seja isso. O não ter planos, ironicamente, é o que me dá a liberdade de decidir agora o que quero fazer... agora... e vivo isto com simplicidade, a simplicidade de um gelado ao fim de uma tarde, do conduzir até à Margarita que me espera à beira do rio, do comer os tremoços com casca e tudo... porque me apeteceu, agora. Este é o MEU tempo, são os momentos em que eu não "tenho que", eu apenas sou... preciso muito deste meu tempo.
Quanto àquelas coisas que eu quero fazer, experimentar, aprender, e para as quais o tempo parece sempre escasso... reflito sobre elas, planeio-as e sonho-as... deixo o entusiasmo crescer com a força da impaciência... adio-as sem desistir delas, vivo-as quando chegar o momento. Há sempre mais momentos, há sempre mais coisas. O importante disto tudo, para mim como para ti, é que há um mundo à nossa volta, e nós crescemos e fazemo-nos em contacto com ele, conscientes dele, da sua beleza, de tudo o que nos oferece e ensina... eu não conheço outra forma de viver. E porque é assim, até nas minhas rotinas eu tenho tanta, tanta coisa que me preenche.
Não sei se não me dei bem a entender, mas tal como disse no inicio "há pessoas que têm mais facilidade em aproveitar os seus dias ao máximo do que outras". Tu és uma das pessoas que age ao sabor do vento e que fazes coisas quando te apetece. Eu também sou assim! Sou uma pessoa que gosto de conhecer e aprender por natureza, por isso faço-o sem esforço. Combino coisas em cima da hora e não planeio muito. E é por isso que os meus dias são bons e me fazem sorrir. Mas há muita gente que tem a possibilidade de ir comer um gelado depois do trabalho, mas não vai porque tem "muito que fazer". Ou porque até ia, mas dá muito trabalho. E vão acabando por ir sempre para casa não fazer nada de jeito. O que para mim está óptimo se elas estiverem bem com elas! Escrevi este texto porque por vezes há pessoas que se queixam das suas vidas, mas não fazem nada para as mudar. E como tal, um bocadinho de disciplina faz bem! Ir tentando fazer coisas, mudar os dias, aproveitá-los! Li um artigo sobre isto e pensei que muitas das coisas que diziam às pessoas para fazerem, já eu as faço sem ser algo pensado. Sinto-me satisfeita com isso, mas há pessoas que podem precisar de uma orientação, não é? Bem, eu própria tento disciplinar-me um pouco fazendo uma lista de coisas a fazer e pesquisar. Senão posso chegar ao fim do dia muito decepcionada por não ter feito nada de produtivo para mim. O tal "pergunta-te a ti mesmo se o que fizeste hoje te levou mais perto de onde queres estar amanhã", percebes? Quando algo não nos está a fazer bem, acredito no poder de ter de alterar algo de modo a estarmos mais felizes.
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