sexta-feira, 9 de outubro de 2015

A inquietação da quietação

Hoje li isto:
"I’ve been reading Wayne Dyer’s book, I can see Clearly Now. In last night’s chapter he spoke about the calling he had to quit his steady and safe job as a professor to pursue becoming a writer. He was terrified, but leapt because he trusted in life’s calling. A year later, his book was a NY Times Best Seller and auctioned off to a publishing house for one million dollars. He’s written scores of books since.
He says,
“When we stay on purpose and steadfastly refuse to be discouraged, accepting our fears and doing it anyway, those seemingly dormant forces do come alive and show us that we are greater people than we dreamed ourselves to be.”
Become the conscious wall ripper , say “no more fear, I’m playing with life today.”"

Se não tivermos medo de voar. Ganhamos mesmo asas. É verdade. E eu sou a primeira a apoiar as decisões que vão em direcção à procura do nosso bem-estar, saúde mental e felicidade. Já o fiz também. Não me arrependo e dei-me bem com isso até. Porque acredito que a vida sorri mesmo a quem lhe sorri!

Mas toda a gente escreve sobre libertarmo-nos, seguirmos o que gostamos, arriscar... E o inverso?
E uma pessoa que não gosta de assentar e se vê com oportunidade para aprender, fazer algo que gosta mas que tem de seguir a vida das 9h às 18h e com contrato? Em que mesmo que não queira os dias lhe parecem todos rotineiros e tenta fazer o máximo dos seus dias porque dessa forma parecem-se mais longos e cheios? 
Detesto a sensação de que tudo passou a correr e não sei onde estive até este momento. E detesto a sensação de passar a semana à espera do fim-de-semana porque isso faz-me chegar depressa aos 80 anos e pensar: "epá, passou tão rápido que nem vi!". Claro...todas as semanas à espera que passem 5 dias para chegarem 2, é normal!

Inquieta-me sempre não saber o que vai ser a minha vida. Saber que tive tempo para visitar sítios (e que até cheguei a pensar que podia dar a volta ao mundo) e que agora não sei quando terei tempo. Há mais no nosso tempo do que trabalhar, para mim. Mas ainda não soube como resolver essa questão por inteiro na minha vida. Como em tudo, até agora, encho-me de paciência e vou deixando fluir. Aproveito oportunidades, sigo impulsos e intuições. 
A culpa disto tudo é não me conformar e resignar. E principalmente viver nessa constante busca pelo que me faz feliz. É uma canseira que prefiro à atitude de acomodação e constante insatisfação com as próprias vidas. Mas por isso, defendo sempre, para qualquer um, o risco e a felicidade. Façam o que fizerem, é para estarem bem e felizes com isso. E porque é um cliché, mas é verdade, o tempo na nossa vida passa tão rápido... 
Ninguém tem medo de olhar para trás e se arrepender do que não fez com o milagre que nos foi dado? Caramba, que sei que não serei eu a única! 

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