quinta-feira, 18 de junho de 2015

Viagens...

Hoje caminhei do Martim Moniz ao Largo do Intendente por ruas paralelas à Almirante de Reis e senti-me num outro mundo... Envolvidos na calma das ruas vi lojas, negócios e mini-mercados geridos por indianos. Senti-me longe daqui... E subitamente o nervoso das viagens fez-se sentir, as lágrimas vieram aos olhos com as saudades desses locais onde me senti bem. Viajar faz tão bem à alma, mas prende-nos o espírito para sempre <3 font="">
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Tudo isto me lembrou um artigo que tinha lido, e que fui imediatamente reler, sobre o que eles chamaram de "after travel blues", qualquer coisa como a "melancolia pós-viagem".
Os peritos dizem que essa melancolia chega entre 6 a 8 semanas depois do fim da viagem e quando a nova vida começa a ser normal. A normalidade...esse termo que não sei bem definir...
Como pode alguém pensar que vai viajar durante uns meses ou mesmo anos, e que depois o espírito vai acalmar e vamos querer sossegar num sítio? 
Agora constato que nada disso acontece e o "bichinho" vai estar sempre lá. Todos os dias nos vai passar pela cabeça a simplicidade e liberdade que é fazer as malas e partir. Deixar tudo o que não precisamos para trás e não pensar mais nisso.
Todos os dias nos vai apetecer fugir à rotina. E todos os dias vamos olhar o mundo de outra forma, ver oportunidades em cada canto, sentir que nada é mesmo impossível e que temos escolha, e ser infeliz não é uma delas. O Mundo ensina-nos que nós sempre podemos escolher o nosso caminho e, que às vezes parece mesmo que não, mas não há passos impossíveis. Mais tarde, quem arrisca, verifica que vale mais a pena fazer do que não fazer, e que o que parecia difícil foi até fácil. 
Porque, li uma vez, é melhor termos objectivos que parecem inatingíveis e para os quais nos esforçamos mesmo para alcançar do que objectivos palpáveis que guardamos na prateleira do "um dia...".
A sensação de partir e sentir a emoção e alegria de viajar nunca me vai passar. Quererei sempre descobrir mais, sentir-me livre, conhecer, fugir do habitual, aprender e crescer. Acho que é altura de saber que não posso fugir a isso, mas sim continuar a viver para o fazer.
Ainda me falta saber muita coisa na minha vida, mas estou no bom caminho :)


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